7 de out. de 2016

Os segredos de um Órfão

Hoje vamos falar sobre a vida de um órfão chamado Ângelo, um adolescente marcado pelo sobrenatural.

Eu preciso me livrar disso tudo, não tenho mais forças para suportar esse fardo. Quem pode me ajudar afinal? Deus ou o Diabo? Eu preciso de ajuda, estou sem forças para lutar. Dei-me a faca e acabo logo com isso, me ajude, vamos! Não quero mais ser uma caveira maldita perambulando em noites escuras e tenebrosas, em busca de almas tristes e frias. Transformando seus desejos mais sombrios em mortes e desgraças. Me permita desaparecer para sempre, vamos me ajude!

Ângelo eu imploro por isso, já faz muito tempo que você me criou, agora não quero mais viver assim, escreva para mim outra história, me tire da escuridão de sua mente. Ângelo você me criou e pode me libertar disso, me liberte agora mesmo!

Ângelo começa a reescrever a história, sob uma mesa negra a luz de velas Ângelo inicia a nova escrita, a nova vida de seu personagem maldito. A caveira! Agora eu vou te deixar com menos poder, agora você será normal. Mais eu não quero ser mais nada, me permita morrer na história meu mestre. 

Não posso Caveira você sempre me protegeu de tudo e de todos. Não quero desfazer de você.

Caveira vá agora em busca de mais desejos sombrios, quero assistir os desejos mais sombrios saídos das cabeças das pessoas. Vá agora mesmo!

Horas mais tarde uma mulher bate na porta de Ângelo, desesperada ela diz ter visto uma caveira andando nas ruas... Ângelo sorriu e disse: Tem certeza que viu uma caveira?

A mulher assustada afirma ter visto.

Ângelo entra e traz a mulher consigo, na sala ela fica mais calma enquanto toma um chá, Ângelo mostra os desenhos feitos por ele para mulher. Entre uma página e outra ele finalmente chega na imagem da caveira. A mulher deixa a xícara cair ao ver a imagem da caveira!

É essa caveira que eu vi Ângelo como você tem isso no seu caderno de desenho?

Já faz algum tempo que comecei a desenhar, sempre gostei de fazer isso, desde o tempo da escola, meus colegas sempre pediam para eu desenhar mais e mais desenhos como este. Até que um dia o meu pai morreu e me deixou aos sete anos de idade eu já era órfão. Os anos se passaram e a cada dia mais e mais desenhos faziam parte do meu tempo. Até que um dia de sexta feira eu senti muita saudade de meu e pedi que deus o trouxesse de volta, mais nada adiantou o meu pai estava morto a sete anos. Minha mãe me aconselhou visitar o tumulo de meu querido pai, daí fui ao cemitério com meu caderno de desenho e comecei a desenhar uma caveira, o tempo se passou e não pude perceber que já era tarde, perto das dezoito horas o céu estava escurecendo. Fui para casa e terminei o desenho no meu quarto e coloquei um texto que dizia assim: Levante caveira e siga os caminhos dos aflitos e de a eles a realização dos seus desejos, sejam eles quais forem, realize os seus desejos.

Adormeci e no dia seguinte num sábado pode notar que o desenho da caveira havia sumido do meu caderno, restando apenas o texto que escrevi. Após isso toda a vizinhança reclamava de eventos paranormais, visões de fantasmas, mortes estranhas sem explicação e aparições da caveira andando nas ruas pela madrugada.

Quando numa noite qualquer dentro do meu quarto a caveira surgiu, ela conversou comigo por muito tempo e afirmou ser o meu pai! Eu fiquei assustado debaixo da coberta o tempo todo mais não sentia que ele me faria qualquer mal. Ele até acariciou minha cabeça calmamente. Hoje ele me suplica por liberdade e me pede para libertar ele desse estado cadavérico, mais eu não sei como desfazer isso, e também não sei como fiz isso acontecer...

O certo que hoje tenho o meu pai por perto mesmo assim dessa forma estranha.

A mulher após ouvir toda a história abraça o abraça e lhe fala no ouvido: Ângelo o seu amor e fé realizou tudo isso, e só com amor e fé você poderá libertar o seu pai.

Mais como faço isso Elisabete? Eu não sei Ângelo mais tenho certeza que só com fé e amor você conseguirá fazer algo.

Ângelo não aceita a proposta e segue porta a fora em busca de seu pai no cemitério, pai eu vim para ficar com o senhor, me pegue meu pai, eu quero ir com você!


A caveira surge de traz das pilhas de ossos e com um golpe na cabeça de seu filho desmaiado ela o arrasta para dentro de sua antiga cova e o coloca a dentro, e assim os dois viveram enterrados para sempre.

Fim

Autor da estória: Lúcio Soares

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