2 de jun. de 2017

Visões Mórbidas

Noite de sexta feira na cidade de Rouxinol um grito é ouvido. Não parecia estar muito distante, e ao mesmo tempo estava muito próximo. Na praça central da cidade, pessoas transitam por todos os lados e apenas uma única pessoa percebe tal grito misterioso. 

Mais à frente da praça um grupo de pessoas caminham em direção a pequena igreja da cidade. Palco de muitas histórias e lendas. 

Apesar de toda agitação daquele grito, apenas uma única pessoa podia ouvir aquele som desesperador. O tempo se passava e cada vez mais o grito se embaralhava na sua cabeça. 

Quem está gritando e por que? Como posso ajudar? Como!

Uma sensação estranha toma o meu corpo, tenho sensações de estar sendo observado por algo...

Esta sensação acentua bem do meu lado esquerdo, e por outro momento acentua-se do meu lado direito... Calafrios estranhos percorrem todo o meu ser. Não me sinto sozinho e ao mesmo tempo pareço ser único no meio de todos.... Quem deseja falar comigo afinal?

Você se sente único e sozinho. Mas profundamente algo lhe diz o contrário, algo lhe afronta todo o tempo, e parece ser maior que você...

Atravesso a rua e sigo em direção contraria das demais pessoas, ninguém está sozinho. Me sinto péssimo por ser o único em meio a todos.

O grito continua a ecoar em sua cabeça, você deseja saber de onde vem. Você anda em círculos e não encontra se quer uma pista que leve aos gritos misteriosos.... Repentinamente um forte estouro implode em sua cabeça, muito sangue escorre de seus ouvidos, seus olhos parecem crescer sem parar. 

Algo ocorre dentro de você. Com as mãos no rosto, você tenta estancar o sangramento que não para de jorrar sangue. 

Suando frio você percebe que a sua face está se desconfigurando lentamente, pedaços do seu rosto caem junto com o sangue que escorrem em suas mãos tremulas. Algo muito estranho completam esse mistério sombrio. Você não sente qualquer dor, apenas sensações tomam conta de você. E quando você menos espera percebe que o grito estava dentro de você o tempo todo. Por isso só você pode controlar a sua imaginação mórbida e sombria.

As vezes procuramos explicações das atitudes dos outros, e esquecemos de nossos próprios gritos internos.

Fim

Autor da estória: Lúcio Soares

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