7 de jul. de 2017

O Reencontro

Ano de 1988, nasce uma linda criança. A pequena Isabel, muito esperada por todos da família. A sua mãe teve um parto tranquilo, cercada de amigos e vizinhos ansiosos na sala. Maria tem finalmente sua filha nos braços. Minutos antes enquanto preparava a criança no pequeno quarto ao lado a parteira saiu e deixou a pequena Isabel sozinha. Quando retorna para o local ela percebeu um sinal na testa da criança, tão logo tratou de limpar suavemente com um lenço de algodão. Célia procurou respostas, mas a ansiedade da mãe e dos amigos da família era maior e a mesma encaminhou o bebe para junto de sua mãe imediatamente. Anos se passaram e a criança se desenvolvia naturalmente. Aos sete anos de idade Isabel sofre um desmaio em meio a festa de seu aniversario. Ao acordar a menina relata ter vivido uma experiência diferente. Isabel afirma que em momento algum esteve desmaiada e que pode ver todas as pessoas alvoraçadas na festa ao seu redor. Sorridente ela se levanta e vai até a mesa apagar a vela de aniversario.

Maria muito preocupada com a filha resolve leva-la para o posto de saúde. Quando Isabel percebe os movimentos da mãe para leva-la até um hospital, ela se aproxima e diz: Não precisa levar a menina para nenhum lugar, deixe-a aqui! Maria se assusta com a voz e nada faz, deixando a menina em casa, conforme fora dito.

Ao passar alguns dias Maria procura Jercer para conversar, Jercer eu preciso lhe dizer algo, lembra da festa de aniversario de nossa filha que você não pode vir? Sim, o que houve mulher? Maria o convida para sentar e começa a relatar sobre os acontecimentos na festa. Após ouvir tudo, ele fica sem fala e apenas pede para Maria ter calma. Quando de passos silenciosos Isabel entra no quarto e vê os seus pais conversando.

Está tudo bem mamãe? por que choras tanto? Maria responde para sua filha: Não há nada minha filha, eu só estou preocupada com você é isso. Isabel abraça sua mãe e à acaricia na cabeça. Eu estou bem mamãe, não se preocupe comigo. Eu tenho certeza que um dia a senhora vai nos entender. Entender o que minha filha, me diga por favor?

Isabel de cabeça baixa, responde: Eu sei que deveria ter falado antes com vocês, mais ainda não é o tempo certo. Nós vamos explicar tudo no dia e hora certa.

Os pais da menina se olham assustados e ficam em silêncio, ficou um clima tenso no ar, isabel deixa o quarto e segue até a sala. Maria se levanta e olha os passos da filha pela porta entre aberta do quarto, quando ela vê uma sombra, um vulto nas costas da criança. Maria não acredita no que imagina estar vendo e chama Jercer. Venha ver homem olha isso aqui corre! Jercer se levanta e percebe a mesma coisa... Meu Deus o que aquilo Maria, o que isso? Não sei dizer homem, mas vou procurar ajuda. Ajuda de quem mulher? Eu ainda não sei mais prometo que vou buscar explicações. Em meio o dialogo dos pais, de repente a sombra se volta para trás andando em direção dos dois.... Desesperados fecham a porta! Isso é inútil, não sabes o que está acontecendo e tens medo. O dia está próximo do entendimento não se preocupem.



Meses se passaram e Isabel vivia como uma criança normal de sete anos de idade, Jercer por sua vez desconfiava de algo. Ele tem tido sonhos diários com sua filha e quase ela corre de algo que a persegue ferozmente como se estivesse caçando-a. No último sonho ainda mais agitado na cama, Maria percebe a agonia de seu marido se debatendo muito e falando coisas a respeito de Isabel... Maria o acorda, Jercer muito agitado se levanta da cama e vai correndo até o quarto de sua filha, chegando lá a cama esta vazia... Desesperados saem em busca da menina, a procuram por toda a casa e só a encontram no quintal. Isabel estava debaixo de uma arvore encostada, a menina conversa sozinha. A sua mãe quando a vê lhe chama e a segura nos braços. Por que está aqui fora minha filha? ficamos assustados quando não lhe vimos no seu quarto! Isabel calmamente responde: Eu estive conversando com meu pai mamãe, ele me chamou pra fora e me disse para ficar com ele aqui até ele ir embora. 

Maria exclama e diz: Como seu pai! ele estava dormindo, eu o acordei... Ele parecia esta sonhado, ou tendo um pesadelo horrível!  Jercer olha para sua filha mais de perto e verifica um pequeno sinal na testa da menina, o que isso Maria, vê este sinal na testa de Isabel... Maria coloca a mão e sente um mal estar por isso, chegando a se arrepiar... Meu Deus que sensação estranha! parece que algo me segurava quando coloquei a mão neste sinal na cabeça dela!

Quando de repente a pequena Isabel vai até atrás da arvore e ressurge com um homem alto, de pele morena com uma vestimenta peculiar. parecia um líder tribal. Maria e Jercer se assustam com o homem de mãos dadas com sua filha. Mamãe papai, este é o meu outro pai. Ele já morreu há muito tempo, nós fazíamos parte de uma tribo, na qual foi dizimada quase por completo restando apenas poucos vivendo tempos depois da invasão ficamos escondidos, sentindo fome, doentes. Até um dia elaboramos um ritual, o plano era para nos reencontrarmos nas próximas gerações, e assim o fizemos. Eu sou a última para completar a família, e preciso ir.

Maria aflita não deseja deixar a sua filha seguir, Jercer enfurecido tenta agredir a entidade, mas é inútil, nenhum contato foi possível. Cansado ele desiste. Maria desesperada tenta segurar a sua filha e não consegue. Isabel lentamente desaparece diante dos olhos de seus pais até sumir completamente. Maria desolada busca uma maneira de rever a sua filha, quando surge ao seu redor uma forte luz cercando-a completamente. Jercer presencia tudo e abraça a sua esposa, os dois nada fazem, apenas rezam vigorosamente. Maria assume a frente e coloca a mão para fora da luz que lhe envolvera e descobre um caminho iluminado, Jercer resolve avançar e os dois seguem o caminho em busca de talvez reencontrar a sua filha.

Fim

Autor da estória: Lúcio Soares 

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