Maria corre para abrir a porta e se depara com uma linda mulher vestida impecavelmente elegante, coberta de joias e brilhantes. A mulher fixa o olhar para Maria e pergunta por Julian. Onde esta o poeta? Maria não responde e bate a porta com violência! do outro lado da porta uma gargalhada ecoa por toda a casa...! Maria resolve abrir a porta em busca da mulher e nada encontra. A linda mulher desaparece. Maria fica muito chateada e desconfiada de Julian... Será que ela é amante dele, será que ele me enganou?
De volta para dentro da casa ela segura o seu filho, neste momento a sua cabeça borbulha mil ideias, Julian ainda não chegou e a noite esta chegando... Maria resolve levar Danilo para casa de sua mãe e parte em busca de seu marido.
Quando ela chega de volta para casa, encontra Julian desacordado deitado no chão da sala... Aflita ela o segura tentando acorda-lo! Julian após alguns minutos abre os olhos lentamente e abraça Maria... Os dois se levantam. Sentados no sofá Maria relata o aparecimento da estranha mulher na porta. Julian diz não conhecer a mulher e pede para que Maria acredite nele... Maria fica tensa, pois a mulher disse que o conhecia...
Maria abraça Julian acariciando a sua cabeça... Quando a mulher misteriosa aparece de repente diante do casal e mais uma vez a procura de Julian. Com olhar forte ela fixa os olhos de Julian e pergunta: Você não sabe que sou Julian? Julian assustado pede explicações sobre como ela entrou na casa!
A mulher responde: Eu entrei do mesmo jeito que você entrou em minha vida Julian, do nada como uma brisa refrescante acariciando minha pele, como um dia ensolarado de domingo. Julian responde: Não entendo, oque quer de mim senhora? Maria fica em silêncio assistindo a tudo de mãos dadas com Julian.
Julian eu estive por muito tempo do seu lado e você se quer notou isso! Fala a mulher e completa: Andando sem rumo, sem direção pude perceber o quanto estamos distantes de nós mesmos. Abrigamos em nossos corações verdades confortantes, verdades criadas e desenhadas por nós mesmos como um alivio, um cálice sagrado. Numa busca incessante....
Julian interrompe e diz: Mais essa citação é a primeira que escrevi, jamais a publiquei! Como a conhece? A mulher se aproxima e diz: Julian eu pude reacordar mais uma vez quando naquela manhã de domingo pude ouvir uma voz suave citando uma bela poesia, inspiradora, romântica e bela. Eu sabia que nos belos versos não havia nomes, mas pude sentir todo o frescor sentimental impregnado em seu coração, me arrebatando para vida me convidando a viver uma vez mais. E assim me libertei do medo e da escuridão que me assolava por todo o cemitério. E assim tomei a liberdade de lhe visitar inúmeras vezes.
Sempre que eu pegava o lápis para escrever sentia arrepios e um forte desejo de me esconder? Disse Julian. Sim eram nesses momentos que eu estava debaixo de sua cama aguardando a escrita de suas belas poesias. Isso me libertou do tumulo em que vivia Julian, hoje me sinto livre por suas belas poesias. A cada uma delas me liberto de mim mesma e me arremesso para um mundo de luz e acolhimento, obrigado Julian.
Sempre que eu pegava o lápis para escrever sentia arrepios e um forte desejo de me esconder? Disse Julian. Sim eram nesses momentos que eu estava debaixo de sua cama aguardando a escrita de suas belas poesias. Isso me libertou do tumulo em que vivia Julian, hoje me sinto livre por suas belas poesias. A cada uma delas me liberto de mim mesma e me arremesso para um mundo de luz e acolhimento, obrigado Julian.
Assim que a mulher acaba de falar, Julian e Maria se aproximam e abraça a mulher gentilmente.
A vida nos oferece oportunidades infinitas, com tudo nossas atitudes e exemplos podem mudar as pessoas e o mundo em nosso próprio silêncio.
Autor da estória: Lúcio Soares
Nenhum comentário:
Postar um comentário